agosto 28, 2013

Eu... é bem por ai!!! ^^

Descobri que em mim existem muitos.
Uns ja tive o prazer de conhecer, outros estou conhecendo agora e sei que muitos ainda irão surgir,assim tento me conhecer, mesmo arriscando conhecer um eu que venha a não gostar.
Cada eu tem um pouco de muitos que não estão em mim, mas estão próximos.Pois meus "eus" vão de encontro a muitos "eus".
Hoje estou cuidando mais dos "eus" e não de mim.  
O auto-conhecimento é uma arte louca.
Eu: ser complexo de se entender por mim mesmo.
O que me acalma é saber que no silêncio  ELE me expõe a mim mesmo de tal forma que chego a surpreender-me comigo mesmo. E nesse instante em que me vejo nele, meus "eus" se somam de forma tal que sinto que qualquer espaço não preenchido se torna cheio da presença DELE, tal presença sobressai aos 'eus" e com isso ele me toma e mostra quem realmente sou. O que sei é que todos os meus "eus' necessitam dele.
 Me alegro e me decepciono comigo.


David Alex


agosto 16, 2013

Sussurros que não podem ser expressos em palavras são frequentemente orações que não podem ser recusadas
C.H.Spurgeon

agosto 15, 2013




Chegou a hora de dizer basta
Ricardo Gondim
Chega de encenações piedosas mal ensaiadas nos púlpitos e nos palcos. Chega de frases doce enjoativas nas liturgias. Chega de afirmações teológicas contundentes – mas que não passam de chavões. Chega de ameaças tipo “cuidado, Deus vai pesar a mão”. Chega de proselitismo que tenta passar por evangelização – além de impertinente, esse proselitismo só espelha a indisfarçável arrogância de quem se considera correto e puro.
Chega de arengas. Conflitos insuflados por quem carece de ambientes antagônicos para prosperar não podem continuar como se fossem zelo. Que cesse também o sorriso manso dos apanagiados pela simonia denominacional. Que cause asco nos cristãos ver lobos, famintos de poder e riqueza, recobertos com a lã das ovelhas. E que a luz sobre vampiros religiosos projete uma sombra que mostre como eles se parecem com os demônios da arte medieval.
Chacais e colibris não se alimentam nas mesmas fontes; ratos e leões não partilham da mesma lama – e nem todos os gatos são pardos. Tampouco se deve colocar todo o clero numa vala comum. O tempo, senhor da razão, logo revelará que não se parecem entre si os que edificam sobre pedras preciosas e os que edificam sobre palha. Não tarda e bufões religiosos, que não gaguejam suas verborragias, serão desnudados. O fundamento parece escondido por estar sob a superfície, mas logo será gritado em cima dos telhados. Aproxima-se o dia em que não se ouvirá mais o tilintar das moedas que enriquecem os vendilhões do templo.
Antes que passem pelo fogo os que dizem “em teu nome faço milagres”, alguns devem gritar “chega”.  É necessário que mercadejadores da esperança saibam: seus disparates e estultícias alcançaram os ouvidos de Deus. Sim, em sua justiça, Deus não tolera mais tanto escárnio. Quando a banalização do sagrado se junta ao aviltamento da ética, a espiritualidade para nada mais presta senão para servir de chacota. Nunca foi tão urgente que os crentes se unam contra os cambistas do templo; e que os desterrem.
Urge que profetas lembrem os falsos bispos: se o céu parece indiferente ao riso da hiena e a luz da lua não denuncia o vôo do abutre, mesmo assim o ímpio não subsistirá na congregação do justo. A aragem do deserto, que falsos evangelistas produzem, os espalhará como moinha. A panaceia do moralismo que esconde descalabros não há de alongar-se. Tornou-se urgente rechaçar o conselho dos apóstolos autoreferenciados, vaidosos e emburrecedores da vida. Antes que as pedras clamem por justiça, que mais vozes se levantem contra os aproveitadores da credulidade de quem tanto sofre.
Se compete apenas aos anjos separar o joio do trigo, Deus não vai demorar em dar ordens para que eles peneirem quem é quem. Se é prerrogativa exclusiva do supremo pastor apartar ovelhas e bodes, ele logo vai separar os apriscos. E se há um dia de prestação de contas, que os religiosos anotem: o juízo começa pela igreja.
Soli Deo Gloria